Padre Antônio Vieira

    

    Nasci em Lisboa, em 1608 e com seis anos, vim até o Brasil. Na Bahia, Estudei com os jesuítas e ingressei, aos quinze anos, na ordem da Companhia de Jesus. A maior parte de  minha obra está relacionada com as inúmeras atividades que desempenhei como religioso, como conselhiro de D. João IV, rei de Portugal, ou como mediador e representante de Portugal em relações economicas e políticas com outros países.

    Nunca restringi minha atuação apenas à pregação religiosa. Sempre coloquei meus sermões a serviço das causas políticas que abraçava e defendia, e, por isso, despertei a antipatia de muita gente: comerciantes, colonos que escravizavam índios e até com a Santa Inquisição.

    Preguei a indios, brancos e negros, a brasileiros, africanos e portugueses, a dominadores e dominados. Colocava minhas idéias políticas em prática por meio da catequese, da defesa do índio e da colônia, em favor de Portugal, por ocasião da invasão holandesa.

     Durante toda minha vida, acreditei na ressureição de D. João IV, morto em 1656, baseado em textos bíblicos e em profecias do poeta Bandarra. Escrevi, então, Esperanças de Portugal, motivopelo qual fui processado e preso pela Inquisição.

    Fui acusado de envolvimento com cristãos-novos ( judeus convertidos por medo das perseguições). Defendia sua permanencia em Portugal, como forma de estimular o comércio.

    Pronunciei sermões que se tornaram a expressão máxima do Barroco em prosa sacra e uma das principais expressões ideólgicas e literárias da Contra-Reforma.  Minha vasta produção conta com mais de duzentos sermões e quinhentas cartas. Dentre os sermões: o Sermão da sexagésima, o Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, o Sermão de Santo Antônio, o Sermão de São Roque, o Sermão da Quarta Feira de Cinzas.

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